A Fórnea, um local misterioso que há muito nos desperta interesse em explorar, para vos poder levar lá.

Trata-se de um estranho fenómeno geológico que dá a ilusão de ser um anfiteatro natural. A Fórnea assemelha-se a um enorme abatimento da crosta terrestre começando em Chão das Pias e descendo até Alcaria.
Porque os solos da Serra de Aire e Candeeiros são ocos e apresentam vácuos, puderam dar origem às grutas, mas também a este local: uma depressão de milhões de anos rodeada de cursos de água.

Esta é a vista “cá de baixo”, a ideia é chegarmos à vista “lá de cima”.

A paisagem é fantástica!
Na subida até ao ponto mais alto da Fórnea atravessamos o trilho dos fósseis marinhos, são vários os fósseis de omanites que iremos ter a oportunidade de ver. Estão a 200m de altitude.

E se pensarmos que há milhões de anos estes moluscos habitavam no fundo do mar? Dá que pensar!

Lá continuamos na expectativa de obtermos a vista deslumbrante do topo da fónea. Mas antes ainda vamos atravessando paisagens mais recentes.

Até que…

Não se compara a contemplação que temos no local com o que a fotografia nos transmite.

Daqui seguimos no planalto do Castelejo, a paisagem muda por completo, passando os muros de pedra solta, que delimitam as áreas de pastagem, a dominar a paisagem. Chainça, e um pouco mais à frente Covões Largos, são dois pequenos aglomerados de características marcadamente serranas, implantados em pequenas depressões ou dolinas – os covões, na toponímia popular, formas cársicas resultantes da dissolução das rochas calcáricas pela ação da água.
Finalizamos o nosso percurso na Praia Jurássica, a ” descoberta deu-se em 2003 numa das centenas de pedreiras que se encontram pelas Serras de Aire e Candeeiros. A exploração de calcário trouxe à luz do dia um dos mais importantes achados paleontológicos já encontrado em Portugal. “
O percurso tem cerca de 10km, com grau de dificuldade moderado. Aconselha-se o uso de bastão de caminhada que pode auxiliar em algumas partes do percurso, principalmente numa descida acentuada.
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